Descobrindo o litoral da Bahia – parte II

Vista da casa do mestre Agadman

Continuo comentando a viagem que fiz para o extremo sul da Bahia. Nesse post, algumas particularidades de Prado

O fim da miséria da forma

Ainda no primeiro dia em Prado, no extremo sul da Bahia, uma surpresa. Visitamos o ateliê do mestre Agadman.   A casa sem muros tem uma escultura de baiana que nos recepciona, é o filho de Agadman, o Agman. Entramos na casa de dois andares de frente para o mar, a vista é linda, o dia vai lentamente embora. Encontramos Agadman, um senhor baixinho, com a barba comprida, magro, as roupas sujas de tintas. Quem olha para ele não imagina o seu talento.

Mestre Agadman mostra a técnica que colocou fim na miséria da forma

Ele chama os jornalistas para ver sua obra. Uma obra de ilusão de ótica, de reflexos. A casa foi toda construída para que os reflexos do mar e do jardim em determinados momentos do dia transformem a paisagem. Dependendo do ponto que você olha, o mar se reflete dentro da casa e forma “uma pintura viva”, como diz o artista.

Escultura feita por Agman, filho de Agadman

Mas o mestre não para por aí. Ele mostra suas pinturas. Explica seu método. A partir de uma forma geométrica, ele demonstra que é possível fazer qualquer tipo de desenho, mesmo para aqueles que não sabem desenhar. “E o fim da miséria da forma”, enfatiza Agadman.

Agadman mostra um de seus quadros

Alto, com os cabelos compridos, Agman segue o pai pelo ateliê e nos mostra suas obras. Ele faz esculturas e objetos em madeiras nobres. Tem diversas peças espalhadas pela casa. Ele mostra as cadeiras que faz, totalmente desmontáveis e sem uso de nenhum prego ou parafuso. Família impressionante!

Agman faz móveis fáceis de montar e desmontar

O beco das garrafas

Comida boa na certa

Como pode uma cidade tão pequena ter tantos restaurantes bons? Esse foi meu primeiro pensamento quando comecei a conversar com os chefs dos estabelecimentos do Beco das Garrafas, local que reúne  oito empreendimentos . Fomos no Banana da Terra, mas comemos pratos do Jubiabá, da Cantina do Hugo e Bistrô Dona Flor. Em diversos deles havia o peixe mais cobiçado da região, o budião, de água salgada. Eu não gosto de peixe, mas experimentei. Achei que tem o gosto bem forte.

Aprovado!

Nem preciso dizer que foi um festival de frutos do mar e peixes. Pois foi, e quem gosta dessas comidas, se fartou. Já eu, fiquei no risoto, purê de queijo e na macaxeira. Até arrisquei a lagosta que estava linda, mas não consigo me acostumar. Que pena! Na época, os restaurantes trabalhavam nos pratos que seriam oferecidos no 6° Festival Gastronômico do Prado, no qual, durante semanas, habitantes da cidade e turistas podem provar pratos especiais e há um concurso que elege os melhores.

Delícias típicas desde bebidas até sobremesas

Patinha de siri do Banana da Terra

Filé de budião ao molho de vilho branco e alcaparras com arroz e camarão da Cantina do Hugo

Lagosta grelhada com risoto de camarão do Jubiabá. Serve duas pessoas (RS 98)

Filé ao molho de jabuticaba do Bistrô Dona Flor

Os chefs dos restaurantes Dona Flor, Banana da Terra, Jubiabá e Cantina do Hugo

Não tem como não passar por lá

No próximo post, conto minha aventura em Abrolhos

Sylvia Barreto (viajei convidada pela Bahiatursa)

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