Rum, compras e tartarugas em Barbados

Estive em Barbados em maio e já escrevi um post sobre minhas primeiras impressões do local. Cheguei em um sábado, no voo direto da Gol. Vou falar sobre minha segunda-feira na ilha que foi bem agitada. Comecei o dia indo para a fábrica do Mount Gay Rum (www.mountgayrum.com), o mais famoso e antigo do país.

Eu estava hospedada no hotel Cobblers Cove neste dia, ele fica ao lado da cidade de Speightstown. A fábrica fica mais ao sul, na Spring Garden Highway. Peguei um táxi e o motorista ficou me esperando. Eles fazem isso por lá, mas é preciso para pedir para não cobrar a espera. Com ou sem espera, meu táxi ficou com um preço alto, cerca de R$ 100 ida e volta. Porém, ir de ônibus seria difícil, por isso, optei pelo táxi.

O meu Rum Punch sendo feito

O tour custa o equivalente a R$ 16 e dura por volta de uma hora. Pode ser feito de segunda a sexta das 09h30 às 16h00. Você chega e já te oferecem um Rum Punch, que é feito, dentre outros ingredientes, com o Rum Eclipse da marca. Eu não aconselho aceitar, como eu fiz. Durante o tour haverá degustação de rum e eu não consegui beber o drink todo.

A Mount Gay Rum tem outras propriedades em Barbados, como a fazenda com plantação de cana. Esse local onde fazemos o tour fica a fábrica em si, onde o processo final de destilação é feito e a bebida é colocada em garrafas. A primeira parte é em uma casa. A guia conta, em inglês, a história da marca. Depois, um filme é exibido e lá vamos nós provar os quatro tipos de rum que eles fazem. Como eu estava lá com meu rum punch, só consegui degustar duas.

A guia explica, em inglês, sobre os quatro tipos de rum da marca

Após a degustação é hora de conhecer a fábrica, um galpão ao lado dessa casa. Lá não é permitido tirar fotos. O tour termina com uma passadinha no bar que tem rum para vender. Tem garrafas médias e grandes e com cerca de R$ 20 já conseguimos levar uma para casa, eu comprei uma para o meu pai.

O rum mais vendido da marca é o Eclipse

Holetown

Na volta, pedi ao taxista para me deixar em Holetown, que é a cidade mais antiga da ilha. Em Barbados, no geral, achei tudo muito charmoso, como as construções e até os pontos de ônibus de alguns locais. Como foi a primeira cidade do local, em fevereiro há o Holetown Festival, como forma de comemoração.

Loja do Louis Vuitton no Limegroove Lifestyle Centre

Mas Holetown não é só a cidade mais antiga, ela também é a concentração de lojas de luxo. Como fica na costa oeste de Barbados, conhecida como “costa do ouro”, o local é puro luxo. Isso acontece porque daquele lado da ilha estão os hotéis e condomínios mais exclusivos e luxuosos do país. Como não podia deixar de ser, um shopping, o Limegroove Lifestyle Centre, com marcas como MAC, Louis Vuitton, Ralph Louren e Michael Kors.

Igreja metodista de Holetown. Achei bonita

Entrei em uma das lojas, a MAC, para ver se o preço era bom se comparados ao do Brasil ou freeshops brasileiros. Não é muito mais baixo. Por exemplo, um batom que custa o equivalente a R$ 36 no duty free de São Paulo, lá fica R$ 35. Em Barbados os estrangeiros têm desconto especial, basta mostrar o passaporte na hora da compra. Os produtos importados em muitas lojas contam com uma etiqueta que tem o preço para os barbadianos e para os forasteiros. Em um próximo post falarei mais sobre isso.

Ponto de ônibus típico da costa oeste do país

Holetown ficava próxima ao meu hotel. Resolvi ir de ônibus. A Emma, gerente do Cobblers Cove, disse que não havia problema. Parei em um daqueles pontos bonitinho e esperei. Em Barbados há três tipos de transportes públicos: os ônibus do governo, os particulares e as van particulares. Eu andei nos três e contarei nos outros posts. Esse dia foi mesmo do ônibus particular, que é diferenciado dos outros por ser amarelo e um pouco menor.

Meu ônibus com destino Speightstown passou rápido. Entrei, tinha lugar para sentar. Custa de dois dólares barbadiano, o equivalente a R$ 2. Como Emma havia me dito, é uma “experiência”, já que sempre tem uma música animada tocando e os motoristas, como quanto mais rápido e mais passageiros, mais ganham, correm bastante.

Do meu celular fiz uma foto do interior do ônibus particular

Gastronomia e tartarugas

Cheguei ao hotel, almocei e fui conhecer o chef Brian Porteus, um irlandês que trabalhou em diversos restaurantes com estrelas Michelin na Inglaterra e África do Sul. Além disso, ele tem restaurantes na Irlanda e sempre passa uma temporada cozinhando na Europa. Brian me contou que no Cobblers Cove trabalha sempre com alimentos frescos. Acrescentou que há um prato chamado “pesca do dia” e que ele nunca sabe qual peixe será, portanto, é um desafio como profissional.

O chef do restaurante do Cobblers Cove, Brian Porteus, apresenta a cozinha

Brian me mostrou algumas lagostas que estavam no restaurante há apenas algumas horas e explicou que eram de uma espécie bem antiga do fruto do mar. Elas seriam consumidas no jantar. Depois da conversa, esperei que os garçons me dessem algumas sobras de peixe cru para minha próxima experiência: nadar com tartarugas.

Lagosta fresca

Em Barbados há passeios específicos nos quais os visitantes são levados até o noroeste da ilha, bem onde eu estava, para nadar com as tartarugas gigantes. Porém, no Cobblers Cove há um barco a disposição dos hóspedes e fui com ele até lá. Levar peixes foi recomendação do barqueiro. Mal chegamos ao local, cinco minutos do hotel, já dava para ver as tartarugas que deviam ter, me média, um metro de comprimento. Quando a comida começou a ser jogada então, mais algumas foram ao redor do barco.

A imagem está ruim, mas esse é o barco no qual fui encontrar as tartarugas

Na praia de Six Men´s Bay, muitas tartarugas

Tenho que confessar que fiquei com medo. Não sei, já nadei até com tubarão em Punta Cana, mas das coitadas das tartarugas fiquei com medo. E, claro, eu tinha que pular na água para tirar fotos delas. Pulei, o barqueiro seguia jogando peixes. Elas ficaram ao meu lado, nadavam ao meu redor. E eu, com medo. Eu gritava e o barqueiro respondia que ele levava pessoas lá todos os dias e nunca havia acontecido nada. Subi assim que tirei as fotos. Depois, me senti uma idiota por ter ficado com medo.

Elas vão de encontro ao barco

Apesar do meu medo, as tartarugas são muito pacíficas. Tirei essa foto com quatro ao meu redor, como podem ver

A água é cristalina

Speightstown

No finzinho daquela segunda-feira, fui caminhando até o centrinho de Speightstown. Dez minutos a pé do meu hotel. Algumas lindas e casas e outras normais. Fui tirando fotos. Encontrei um mini shopping, vi que tinha uma loja plus size (eu sou modelo plus size além de jornalista) e passei em uma perfumaria para comprar maquiagens. Como não podia deixar de ser, também parei em uma farmácia e comprei protetor e óleo da Banana Boat. É uma marca que eu gosto e os preços muito bons, metade do que é cobrado no Brasil.

Mais um clique do iPhone, uma casinha modesta e típica de Barbados em
Speightstown

Speightstown é uma cidade com aparência de antiga e na qual há um mercado central com peixes frescos. Ali também há o Arlington House Museum. Uma casa restaurada do século 18. São três andares, cada um com um tema. Eles contam a história do país. Abre de segunda a sexta das 09h00 às 17h00 e aos sábado até às 15h00. Eu não consegui visitar, já estava fechado o museu a hora que passei por lá. A entrada custa em torno de US$ 10 e crianças pagam meia.

Quase chovendo em Speightstown

O mercado que vende peixes frescos

Arlington House MuseumNo próximo post, contarei minha ida à Harrison´s Cave e mudança para um hotel no sul da ilha, que é bem diferente da costa oeste.

Sylvia Barreto

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