Primeiras impressões de Barbados

Praia de Mullins, a primeira que conheci

Cheguei a Barbados em uma noite de sábado (05/05). Fui pelo voo direto da Gol, cerca de seis horas desde São Paulo. Achei que iria estar lotado, como quando fui para Punta Cana ano passado, mas não, estava só metade cheio, o que me possibilitou ir sozinha em três poltronas e dormir. Acordei para comer, no momento que o senhor sentado atrás de mim roubava meu formulário de imigração e também quando a esposa o xingava. Fora isso, foi bem tranquilo.

A chegada ao aeroporto

Quando passava na imigração, pediram meu passaporte e o formulário de vacinação de febre amarela que tirei no Brasil. Foi tudo bem tranquilo. Peguei um táxi no aeroporto, as tarifas são definidas previamente por área e achei bem justa. Para chegar ao meu hotel, o Cobbles Cove, que fica a 40 minutos do aeroporto, paguei US$ 38. Eles usam o dólar de Barbados, que tem cotação similar a do Real, ou seja, US$ 1 é igual a dois dólares de Barbados.

Mão inglesa

Entrei no táxi e, uma surpresa, em Barbados eles dirigem como na Inglaterra, já que a colonização da ilha foi feita por esse país. Fui avisada sobre os carros, mas havia me esquecido. Fiquei bem apreensiva nos primeiros minutos. No caminho, tentei observar de tudo. Vi muitas casas lindas, casas modestas, mas bonitas, centros comerciais e lojas.

Hotel Cobblers Cove – um pedacinho da Inglaterra no Caribe

O Cobblers Cove abriu em 1968. Era uma fazenda de cana-de-açúcar antes disso, essa casa foi mantida dessa época e funciona o restaurante e sala comum do hotel atualmente

Cheguei ao Cobblers Cove (www.cobblerscove.com)por volta das 22 horas. O fuso tem uma hora menos que o de Brasília. O hotel é o único de Barbados que pertence ao Relais & Chateaux, a organização de empreendimentos únicos e de luxo ao redor do mundo. Os emprrendimentos escolhidos por eles apresentam características não encontradas em nenhum outro.

Meu local preferido do quarto

Dizem que é uma experiência ficar em um Relais & Chateaux e eu, como nunca fiquei, estava ansiosa para saber. A primeira coisa que notei, já na recepção, foi o charme do hotel. Depois, ao entrar no meu quarto, vi que ele parecia uma casa de campo inglesa que já vi em filmes, pois não conheço a Inglaterra (pois é, que vergonha). Ao entrar, o hóspede avista uma sala e uma varanda. Mas ainda tem mais, o quarto, o closet e o banheiro. Se eu pudesse usar apenas uma palavra para descrever a suíte, usaria “aconchegante”. Em todos os cômodos me sentia muito confortável, coisa que não necessariamente acontece em todos os hotéis de luxo.

Sala do quarto

Como o hotel é realmente todo em estilo inglês, no quarto não poderia faltar chás, xícaras e um aparelho elétrico para esquentar água. Mas, se a decoração é inglesa dentro dos quatros, a natureza não nega que estamos no Caribe e na Praia de Mullins. O som das diversas espécies de pássaros é incessante, seja durante o dia ou a noite, você irá dormir e acordar ouvindo os pássaros. E deve haver grilos também. E o cheiro de mato então, uma delícia, ainda mais depois que chove. Sim, maio é uma época chuvosa por lá, mas chove só um período do dia, geralmente, e o calor continua.

Finalmente, o quarto

Há 40 suítes no hotel, todas iguais em tamanho, só a cor da decoração muda, que pode variar entre rosa, azul, verde e bege. A minha era rosa. O que muda e determina se o valor e mais alto ou mais baixo é a localização, algumas têm vista para o jardim e outras para o mar, essas, têm diárias um pouco mais caras.

Se a sua vista não for a do mar, nem se preocupe, você pode vê-lo em 30 segundos de caminhada ou menos. Assim que avistar a grande casa rosa, já vê o mar por suas portas. Essa casa é a original de quando o local era uma fazenda de cana-de açúcar. Ela foi mantida quando o hotel abriu em 1968. Hoje, funciona como restaurante e também área de convivência.

Vista do restaurante, Praia de Mullins

O mar não podia ser melhor, água transparente e morna. A área da praia ao redor é bem tranquila, com os hóspedes caminhando e alguns nativos tomando sol. No café da manhã havia muitos casais, que me pareceram ingleses, claro. O melhor da refeição para mim foram os croissants, preparados no local, assim como todos os outros pães. As geleias também estavam ótimas.

Pela manhã do domingo, aproveitei para fazer algumas atividades aquáticas que o hotel oferece e estão inclusas nas diárias de todos os hóspedes. Uma delas é a flutuação com snorkel. O equipamento, assim como os pés de pato estão disponíveis para os clientes. É possível ver peixes bem em frente ao hotel. Tirei algumas fotos embaixo d´água com a câmera que minha amiga Fabi emprestou.

Apesar das nuvens, fazia muito calor

Aproveitei, ainda, para fazer um passeio de barco, também incluso nas atividades do hotel pelas praias da costa oeste sentido sul. Toda a orla é linda e as casas então, muito luxuosas. Me explicaram que elas não pertencem aos nativos, mas, a maioria, a estrangeiros. A costa oeste é conhecida como a região com os melhores hotéis da ilha. Pude ver alguns, como o da rede Fairmont, e o Sandy Lane.

Os hóspedes podem passear nesse barquinho, e eu fui!

A costa oeste de Barbados é cheia de mansões

O Cobblers Cove visto do mar

Voltando ao hotel, tomei sol ao redor na piscina e almocei. Domingo é o dia do almoço especial com lagosta. O fruto do mar é muito abundante por lá, e, no século 19 havia tanta que os pescadores as usavam como isca para outros peixes. Eu não sou amante de frutos do mar, mas, já que estava no local, provei. Pedi uma pequena porção de salada ceaser com a lagosta. Claro que eu pude sentir que estava fresca e a salada bem temperada, recomendo para aqueles que apreciam.

Domingo é dia de lagosta no Cobblers Cove. Como não sou fã de frutos do mar, pedi uma porção reduzida de salada ceaser. Tenho que admitir que estava muito fresca a lagosta.

Sanuíche delicioso de frango após a salada com lagosta

Comi frango e a sobremesa. Bom, a sobremesa é um capítulo à parte. Pedi sorvete de chocolate, nada demais. Só que o do hotel feito no local, é de comer de joelhos. Simplesmente o melhor que já comi, é tão cremoso e consistente que parece um bolo. É um luxo de US$ 20 por três bolas, mas vale cada colherada.

O sorvete é fabricado no próprio hotel. É perfeito. Arrisco dizer que é o melhor que já comi!

Acomodações pelo lado de fora. A minha não está aí, mas todas são iguais.

O resto do domingo passeio mesmo no hotel, aproveitando o mar e a piscina. À noite, Emma, a gerente, jantou comigo porque eu estava sozinha. Ela disse que quando há cliente sem companhia, é um costume fazer isso. E lá fui eu explorar o cardápio do jantar. Pedi de entrada o “Roast Plum Tomato & Buffalo Moazzarella Tart”, que é um tomate assado com muçarela (é, o correto da grafia em português é esse) de búfala muito bom. Prato principal, pedi o “Fresh Caribbean Kingfish Fillet”, que vem acompanhado com risoto de pimentão, tomate e ervilhas frescas. Procurei a tradução do Kingfish para o português e não achei. Bom, para mim foi um desafio, já que não sou fã de peixes. Mas esse estava muito bom. No Cobblers Cove, os peixes do almoço não pescados pela manhã e os da noite, à tarde. E, o risoto, apesar de ser de pimentão, é muito suave.

Sala comum. Muito aconchegante como todo o hotel

Não tive coragem, nem espaço em mim, para comer sobremesa. No próximo post, contarei mais sobre o hotel, o passeio com tartarugas e minha visita à fábrica do tradicional rum da ilha. Aguardem!

Meu fishking com risoto de pimentão

Sylvia Barreto

Um comentário sobre “Primeiras impressões de Barbados

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