A bordo do MSC Orchestra

Até 3000 passageiros podem embarcam no MSC Orchestra

Meu primeiro post do ano é de uma viagem que fiz em dezembro. Naquele mês, estive a bordo do MSC Orchestra entre os dias 05 e 09. Foi minha primeira experiência em um navio da MSC como hóspede. Até o momento, só havia almoçado neles durante coletivas de imprensa. O que pude perceber logo de cara é que a comida é muita boa, principalmente, as massas, já que a companhia marítima é italiana.

Saí de Santos dia 02 rumo a Búzios e Ubatuba. Foi o primeiro cruzeiro do Orchestra nesta temporada no Brasil. Ele tinha acabado de chegar da Europa. O Porto de Santos estava bem cheio já que outra embarcação de passageiros atracavam por lá. E o navio que embarquei não ficava atrás, lotou, 3000 pessoas.

Teatro Convent Garden

É, 3000 pessoas dentro de um navio é bastante coisa para mim. Apesar dos 16 andares e mais de 1250 cabines do Orchestra, eu, que estou apreciando o sossego ultimamente, só ficava sozinha mesmo era no meu quarto porque, com a embarcação lotada, estava muito difícil estar em algum lugar que não tivesse mais ninguém.

Uma das coisas que me chamou a atenção no Orchestra foi a área das piscinas. É muito bonita, detalhes em azul e uma sorveteria no meio das duas, além de algumas jacuzzis nas pontas. Aliás, virei freguesa da sorveteria, porque, como você deve saber, sorvete italiano é sempre bom e nunca é demais. O preço estava bem saboroso também: US$ 2,80 dois sabores, mais barato que em São Paulo em uma dessas lojas da moda.

Docinhos deixados nas cabines

Ainda bem que eu sou uma pessoa que nunca faz regime mesmo. No Orchestra, é massa toda hora, almoço e jantar pode contar que você terá pelo menos duas opções. Como eu já disse que estou numa fase de sossego, não fiz nenhuma refeição no restaurante buffet, o La Piazzeta Cafeteria, que é mais cheio por ser mais rápido. Fiquei com o a la carte que está incluso no pacote, o Villa Borghese, inclusive, no café da manhã.

Por falar em café da manhã, quero destacar o croissant e a omelete que eu pedia sempre só com queijo e adorei. A refeição também é a la carte. A desvantagem é que tem que pedir tudo de uma vez e você não vê antes o que vai comer. A vantagem é que não tem as filas do buffet e há boas opções, como a omelete.

Gostei da área das piscinas, não dá para ver, mas atrás dessa da foto, tem outra do mesmo tamanho

Já no almoço e no jantar, eu sempre comia uma entrada, massa, carne e sobremesa. Todas as massas que comi, sem exceção, estavam ótimas e al dente. Destaco também o risoto de queijo e o cupim de boi servido com mandioca e vinagrete, um dos melhores pratos que experimentei a bordo.

E se eu exagerei na comida, dessa vez, também me perdi pelo cassino, que com certeza deve ser tão errado jogar quanto comer muito, mas quem é que se importa? E lá fui eu na primeira noite jogar US$ 10 nas máquinas caça-níquel e, adivinhem? Ganhei US$ 59 e comecei a pensar o que dava para comprar nas lojinhas do navio com esse dinheiro.

Na verdade, eu estava mesmo apaixonada por algumas bolsas. Aliás, duvido que alguma mulher naquele navio passou pelas vitrines sem cobiçar uma única. Marcas como Guess, Valentino, Moschino e Paco Rabanne. Uma mais linda que as outras e bom preços. Com US$ 100, por exemplo, era possível comprar uma bolsa grande e estilosa de uma dessas marcas.

Amei as bolsas

E os chocolates então? Caixinha de bombons Lindtt por U$ 13. Produtos da marca Kerastase por U$ 38, calças Diesel e Guess por volta dos US$ 90, boné Diesel US$ 15 e mais relógios e óculos de diversas marcas por preços melhores que os encontrados no Brasil. Enfim, eu queria ter US$ 1.000 só para comprar besteiras que adoro.

Perfume por lá é o que não falta

E por falar em coisas que eu gostei, adorei a decoração e as músicas da boate R32. Geralmente, acho brega músicas e boates de navios. Mas essa é linda, o chão com brilhinho, luzes de LED coloridas, cadeiras prata e dj muito bom. As horinhas que passei lá foram ótimas e acompanhadas de taças de espumante gostoso por preço camarada, só U$ 3,90. Qual balada em São Paulo eu já tomei espumante de boa qualidade por esse preço? Nenhuma e acho que jamais vou tomar.

A balada R32 Disco. Aprovada!

Passamos o segundo dia inteiro navegando. Usei a internet, paguei US$ 20 por 1 hora. Eu sei, o preço é salgado, mas se tratando de um navio com conexão via satélite, funcionou super bem apesar de uma funcionária italiana ter me amedrontado dizendo que não iria funcionar. Deu tudo certo, consegui ver meus e-mails e postar notinhas mesmo no meio do oceano.

Quem não leva notebook, pode usar a sala de internet

No terceiro dia descemos em Búzios. Cidade linda na qual só choveu quando passei por lá.  Dia desses. Dessa vez, o clima estava bom. Fui passear e almoçar com meu colega jornalista Anderson Masetto. Comemos na creperia Chez Michou , famosa na cidadela, e que eu já havia comido no Rio de Janeiro. Fomos às lindas lojinhas da cidade, apreciamos o porto e as estátuas, a da Brigitte, a dos pescadores e a do ex presidente Juscelino Kubitschek.

Orla de Búzios. Perfeita!

Tudo estava ótimo até que voltei para o navio e percebi que algumas manchas vermelhas apareceram na minha pele. No fim da tarde, fui comer pizza no navio mesmo e depois, jantar. Minhas manchas só pioravam e coçavam, mas não perdi minha ida ao cassino, no qual ganhei mais uns U$ 70.

Meu super crepe Lasanha (R$19) no Chez Michou em Búzios

Passeios de táxi marítimo em Búzios são opções em conta para conhecer o litoral local

Na manhã de quinta era hora de aproveitar o sol e Ubatuba. Eu, ainda manchada sem saber a razão, decidi que não tomaria sol. Apesar do bom tempo, nem conheci muito da Praia de Itaguá, na qual parou o barco. Havia opções de excursões, mas não fiz nada, estava preocupada com as manchas. De volta ao navio, almocei e, pronto, piorei muito.

Vista de Ubatuba

Chegada em Ubatuba

Foi então que conheci uma parte do navio que nunca esperava estar, a enfermaria.  Isso mesmo, se você passa mal, vai até a enfermaria e há médicos e enfermeiros. Claro, tudo isso tem um custo, mas se comprar o seguro viagem, acho que deve abater alguma quantia, só que é melhor conferir mesmo com a assistência que irá utilizar, há algumas especiais para esse tipo de viagem.

Fui atendida por uma médica e uma enfermeira brasileiras. Na hora disseram que eu estava com alergia e deveria ser de comida. Mas eu não como frutos do mar, peixes, essas coisas mais perigosas. Concluíram que eu deveria ter comido algo diferente então. Realmente, eu comi muito para variar, algo deve ter sido forte para o meu organismo. E entrei na injeção. Para encurtar a história, fiquei bem após duas injeções e medicação na veia e de ter dado trabalho não só para essas duas brasileiras, mas para mais uma enfermeira do Brasil e uma médica europeia que acabei de me esquecer de qual país era.

Fiquei assustada porque pensei que poderia ser algum vírus, mas todas me garantiram que era alergia e como, após as medicações fiquei bem, resolvi acreditar. Após o susto, nem pensava que estaria bem para jantar e jogar no cassino. Só que fiquei ótima e até fui para máquinas caça-níqueis. Dessa vez, não ganhei nadinha. Quando estamos sem sorte, não adianta insistir mesmo. Acho que sou um pouco viciada agora.

Na sexta pela manhã, voltamos ao Porto de Santos e eu já me sentia muito bem graças aos cuidados que recebi. Ninguém está livre de passar mal, ficar doente, mas eu (infelizmente?) pude comprovar que o atendimento no posto médico de um navio (pelo menos no qual eu estava) é eficiente. A gente nem lembra que essas coisas existem em uma viagem até precisar.

Mais dois navios desembarcavam passageiros além do Orchestra naquela manhã chuvosa de sexta. E, que desorganização! Os portos brasileiros são mesmo lamentáveis. Inclusive, a MSC tem projeto para fazer um moderno terminal exclusivo em Santos, porém, as barreiras impostas são muitas. Infelizmente! A triste notícia é que, além dos aeroportos não comportarem mais gente, o mercado turístico de cruzeiros cresce no Brasil e a infraestrutura não acompanha e nem deixa a iniciativa privada ajudar.

Muitos dos meus amigos, inclusive jornalistas de turismo, não gostam de cruzeiros. Tenho que confessar que eu adoro. Abrir a janela e cada dia ter uma paisagem diferente é, para mim, maravilhoso. Além disso, acho que o custo/benefício vale a pena já que as refeições, geralmente, estão inclusas. Espero que nos próximos anos não só a MSC, mas todas as companhias, encontrem melhor infraestrutura para que possamos continuar com essas viagens que, para muita gente, é um sonho.

Veja no site Viajar é Simples matéria sobre o navio MSC Orhestra

Sylvia Barreto – *viajei a convite da MSC cruzeiros

Hall principal do Orchestra

Cabine do Aurea Spa

Thermal Area do Aurea Spa

Mais uma de Búzios

Feirinha de artesanato de Búzios

A creperia Chez Michou, onde almocei em Búzios

Ruazinha do centro de Búzios

Miniaturas de Brigitte vendidas ao lado da estátua original

Escultura em homenagem aos pescadores de Búzios

Estátua de Juscelino Kubitschek, ela adorava Búzios. Quem não gosta?

Mais uma da R32 Disco para fechar

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